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Aventuras no Oeste de Santa Catarina 2/julho/2011

Posted by rapidoerasteiro in Diversos.
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No feriado de Corpus Christi, ocorrido na semana passado, eu e o pessoal lá de casa resolvemos subir a serra catarinense, para visitar um casal amigo. Fomos até Catanduvas, pequena cidade próxima a Joaçaba. Considerando as aventuras e desventuras durante o feriado, resolvi escrever este post, mostrando que ainda temos muito o que aprender e principalmente a fazer para tornarmos Santa Catarina, e também o Brasil, um destino turístico consolidado.

Vamos começar pelas estradas. Apesar de não estar duplicada, a BR-282 está em bom estado. Há alguns poucos pontos que merecem manutenção, mas está bem sinalizada e, mesmo de noite e com neblina e chuva, foi possível dirigir sem maiores problemas. A única falha grave diz respeito aos motoristas, cometendo verdadeiros absurdos, confiando na sorte e na total impunidade. O ponto negativo aqui, portanto, é principalmente a falta de fiscalização por parte da polícia rodoviária federal.

No primeiro dia fomos dar uma volta em Joaçaba. É uma cidade interessante, mas peca pela falta de planejamento e por problemas na pavimentação das ruas e na sinalização em geral. Foi complicado chegar até o Monumento de Frei Bruno, mas a vista compensou. Pena que os estabelecimentos anexos ao monumento estavam fechados (dia de Corpus Christi), mesmo cheio de turistas. Aliás, é meio complicado entender o fechamento de estabelecimentos turísticos em dias que tendem a ter grande movimento turístico.

De noite, jantar no restaurante Edelweiss em Treze Tílias, com direito a chopp Bierbaum, de diversas qualidades (até chopp de abacaxi!). Recomendamos, principalmente a cerveja de trigo.

No outro dia fomos fazer um passeio mais “radical”, por assim dizer. Fomos a Piratuba, uma cidade com estância hidromineral e que também opera uma antiga Maria Fumaça totalmente conservada, bem como a linha de trem que vai até a cidade de Marciliano Ramos no Rio Grande do Sul.

Posso dizer que o passeio foi legal em parte, principalmente porque cobra caro e oferece pouco. O preço de R$ 58,00 por pessoa é salgado, considerando a degustação temática (junina) com uma “barraquinha” para mais de 200 pessoas, e que todo o resto era absolutamente cobrado. A estação férrea de Piratuba está bem conservada, bem como o trem (construído em 1906 na Bélgica), e todos os funcionários usam os mesmos trajes utilizados na época em que a linha operava regularmente, após a Guerra do Contestado. Aqui, ponto negativo para o material de divulgação e pela tripulação: nada em espanhol e nem em inglês, e ninguém procurou se identificar em outro idioma para um eventual turista estrangeiro.

Porém, quando o trem chega ao Rio Grande do Sul, em Marciliano Ramos, veio a grande decepção: a estação férrea está literalmente caindo aos pedaços e, na falta do que fazer lá enquanto o trem era preparado para a viagem de retorno, compramos um passeio até as termas de Marciliano Ramos, o que foi outra decepção. A cidade em si está feia também, a pavimentação das ruas e a maior parte das edificações em estado de conservação bastante ruim, o mesmo valendo para as termas. O pior foi a desculpa apresentada por um dos membros da tripulação do trem na viagem de volta, após as reclamações de todos a bordo: tal situação precária deve-se a um conflito judicial sobre a propriedade sobre a estação. Bem, ponto negativo tanto para a Associação Brasileira de Preservação Ferroviária, responsável pela operação da linha e dos trens, quanto para a Prefeitura de Marciliano Ramos.

Aliás, abro aqui um parêntesis para uma situação inusitada que vimos tanto em Piratuba quanto em Marciliano Ramos: muitas pessoas andando no meio da rua trajando Roupão de banho e toalha sobre a roupa de banho, na maior naturalidade. Considerando o frio e o traje em si, é algo bastante engraçado, meio surreal até.

Na volta, uma parada em Joaçaba com direito a um hamburger de primeiríssma qualidade no Brollo Lanches. Recomendamos.

No outro dia fomos até Treze Tílias novamente, desta vez para conhecer a cidade durante o dia. Começamos passando na Cervejaria Bierbaum, para comprar umas cervejas para levar para casa (vale a pena!). Parada também para a compra de souvenirs, numa lojinha anexa. Em seguida, fomos para o Lindendorf, local muito bonito, que tem um ótimo restaurante com comida típica Austríaca, lago com carpas, e uma réplica em escala da cidade de Treze Tílias. Destaque para o show do grupo de dança típica austríaca Lidenthal, que já teve vários minutos de fama no programa Domingão do Faustão. Aliás, a apresentação do grupo quebra um preconceito de que os grupos de dança europeus são meio sem graça. O show é bastante animado, dinâmico e bem humorado. Também vale a pena.

Depois demos uma volta no centro da cidade, mas como dia estava um pouco chuvoso, não havia muito o que fazer. O destaque negativo aqui foram alguns estabelecimentos que não aceitava cartões (nem débito e nem crédito). Cidade turística tem que considerar isto.

Bem, nota-se nas pequenas e grandes falhas, que ainda há muito a ser feito para que Santa Catarina seja um destino turístico de qualidade. E sabemos que no resto do Brasil a realidade não é diferente. Para isto, apenas tendo visão estratégica, de longo prazo.

No mais, gostaria de agradecer ao Alex que à Ju, que nos receberam muito bem. Nota 1000 para vocês! Obrigado!